Padre Solon Dantas de
França nasceu no Sítio Várzea da Serra, Município de Paulista-PB. Filho do
poeta Belarmino de França e Emerentina Dantas de Sousa, recebeu o sacramento do
batismo na igreja de São José de Paulista no dia 30 de Julho de 1935, pelo Pe.
Valeriano Pereira. Em 1946 mais precisamente no dia 10 de Março, Frei Bruno
celebrou sua primeira comunhão e aos 02 de setembro daquele mesmo ano recebeu o
sacramento da crisma celebrada pelo então Bispo da Diocese de cajazeiras Dom
Henrique Gelain.
Iniciou seus estudos no
sítio Várzea da Serra, na casa de seus pais aos 10 anos de idade e como
professor teve o Victor de França. Depois passou a estudar no Sítio Córrego do
Velame com o professor Luiz de Apolinário, e conclui seus estudos no Sítio
Várzea da Serra com o instrutor José Jerônimo Neto na casa de Massilon
Bananeira.
Em 12 de Novembro de
1954, por ocasião de uma missa em Paulista recebeu de Dom Zacarias Rolim de
Moura (Bispo de cajazeiras), o convite para morar no seminário de Cajazeiras
como seminarista, aceitou, e no dia 27 de fevereiro de 1955 ingressava no
seminário e foi recebido pelo Pe. Luiz Gualberto de Andrade (reitor do
seminário naquela época) permaneceu ali até o ano de 1961, era sem dúvida a
obediência ao chamado de Deus que diz: ``...
Muitos são chamados e poucos os escolhidos``.
Por volta 1962 foi
transferido para o seminário Provincial de Fortaleza-CE, permanecendo até o ano
de 1966. Sua primeira tonsura (admissão ao clero) realizou-se aos 12 dias do
mês de Janeiro de 1965, celebrada pelo D. Zacarias Rolim de Moura auxiliado
pelo Mons. Oriel Antonio Fernandes (vigário de Pombal - PB), e já no ano
seguinte recebeu as duas ordens menores aos 10 de janeiro, na catedral de Nossa
Senhora da Piedade em Cajazeiras - PB, e também ali as duas ordens ultimas
menores aos 08.01.1967, passando a ser chamado minurista. Foi quando ficou na
sede da diocese para concluir os Tratados de graça e sacramentos em Moral e
teologia, ministrados por D. Zacarias, Mons. Vivente Freitas, Pe. Gervásio
Queiroga e Pe. Walter Strapaguelti.
No dia 08 de dezembro de
1967 realizou-se o seu subdiaconato, na igreja de Nossa Senhora dos Remédios em
Catolé do Rocha-PB, e em 12 de janeiro de 1968 na paróquia de Nossa Senhora da
Piedade foi o seu Diaconato. No dia 10 de Julho de 1968 sua ordenação
Sacerdotal, pelas mãos do senhor bispo diocesano da época na Matriz de São José
de Paulista.
Sua primeira missa foi
às 17hs do dia 15 de Julho na igreja de Nossa Senhora da Piedade. No dia 15 de
Julho de 1969 Assume como pároco da Paróquia de Nossa Senhora do Bom Sucesso em
Pombal e também como administrador da Paróquia de São José em Lagoa, Paróquia
de São José em Paulista e São Sebastião em são Bento e por diversas vezes
assumiu a administração da Paróquia de Santa Rita de Cássia em Coremas, pois
era que sempre estava em vacância.
Padre Solon Dantas de
França foi uma das figuras mais ilustres da nossa Região, pois foi Professor de
Português, educação Moral e Cívica(no seminário), e em Pombal e Paulista, foi
professor das escolas estaduais Arruda Câmara e João da Mata, do Colégio Josué
Bezerra (Um dos melhores da época na região), diretor do Orfanato Nossa Senhora
de Fátima, Escola Paroquial São Vicente de Paula, Diretor Fundador da Creche
Pequeno Príncipe e Diretor do Hospital e Maternidade Sinhá Carneiro, em
Pombal-PB.
Além das diretorias que
assumiu na cidade de Pombal, também foi diretor e fundador do Hospital
Emerentina Dantas, da Escola Paroquil Cândido de Assis Queiroga, fundador da
Creche Róbson de Araújo Veras, fundador da Nova Betânia, idealizador dos grandes
Congressos de Violeiros de Paulista, além de exercer grande liderança política no
Município de Paulista e Pombal.
Padre Solon foi um homem
visionário, um lutador... Um sonhador! E por isso conseguiu para Pombal as
Faculdades de Ciências Contábeis e Agronomia, pouco depois que conseguiu ver
realizado seu sonho, ele dirigiu por poucos meses a FAP (Faculdade de Agronomia
de Pombal), em decorrência de um problema de saúde, foi levado a si afastar de
suas atividades, tanto paroquiais quanto administrativas e anos depois, seus
problemas de saúde se agravaram, e, nos deixou e rumou ao Pai celeste que
tantas vezes pregou em seus sermões durante as missas.
A realidade é que quem
conheceu o Pe. Sólon sempre viu nele um homem de coração bondoso e caridoso,
que o digam os inúmeros que foram ajudados por ele com bolsas de estudos ou nos
apartamentos dos hospitais que administrou as, as casas que ajudou a construir
e recuperar, oportunidades de emprego que criou ou ainda aqueles que
partilharam de alguma refeição com ele, pois jamais ceava sozinho. É claro que
tinha um temperamento forte, mas sabia si desculpar a sua maneira, puxando
conversa e tentando te fazer sorrir com aquele jeito implorando no íntimo por
ser desculpado pelos esturros ou discussão de horas atrás, assim era ele, uma
pessoa simples uma pessoa comum.
Muito Obrigado Pe. Solon
pela oportunidade oferecida a minha pessoa, e também a muita gente que dependeu
de ti para subir na vida, ou para dar os primeiros passos rumo ao estudo ou ao
primeiro emprego, mesmo sabendo que nem todos souberam lhe agradecer.
Se estivesse vivo hoje,
Pe. Solon estaria completando 78 anos, mas Deus o levou e que o pai te dê o
repouso eterno, para seres feliz enfim!!!
Da
redação com Texto Adaptado do livro 25 anos de sacerdote, por Paulo Sérgio
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