Embalado pela sintonia entre time e torcida no Maracanã, o clube da Gávea venceu o Atlético-PR por 2 a 0
O Flamengo é campeão da Copa do Brasil. Ou melhor, tricampeão -
venceu também em 1990 e 2006. Em um dia triste para o futebol
brasileiro, com o falecimento de Nilton Santos e o acidente trágico com
mortes nas obras do Itaquerão, coube ao Rubro-negro carioca garantir a
fatia de alegria ao histórico 27 de novembro de 2013.
Embalado
pela sintonia entre time e torcida no Maracanã, o clube da Gávea venceu o
Atlético-PR por 2 a 0 com um gol de Elias e Hernane no finalzinho do
jogo, ficou com a taça da competição e ainda garantiu sua vaga na Copa
Libertadores do próximo ano.
O Flamengo chegou ao título após
onze vitórias, dios empates e apenas uma derrota em 14 jogos. O time do
técnico Jayme de Almeida marcou 26 gols e sofreu nove. Antes de vencer o
Atlético-PR na grande decisão desta quarta, o Rubro-negro carioca
passou por Goiás, Botafogo, Cruzeiro, Asa (AL), Campinense e Remo.
Jogo nervoso
Como era de se esperar após o equilibrado empate por 1 a 1 no jogo de ida, a partida decisiva desta quarta-feira começou de maneira tensa. Depois de uma semana de muita expectativa pelo confronto final, Flamengo e Atlético-PR deixaram o nervosismo tomar conta dos primeiros minutos e tiveram muito mais erros do que acertos na metade do primeiro tempo.
Pouco
tempo depois, em um caso típico de jogo muito truncado, era um volante
do Flamengo quem comandava as ações. Sem maiores jogadas trabalhadas,
Luiz Antônio apostava nos chutes de longa distância para chegar ao gol
adversário. Foi assim em três oportunidades. Uma cobrança de falta
chegou a carimbar o travessão do goleiro Weverton, mas os cariocas não
conseguiam balançar a rede do Atlético-PR.
Nada, porém, que
desanimasse a torcida do Flamengo. Com um 0 a 0 no placar que dava o
título ao clube da Gávea, os donos da casa faziam uma bela festa nas
arquibancadas. Do outro lado, pouco mais de seis mil atleticanos
tentavam incentivar o time paranaense, mas a tensão de ter que reverter o
cenário do jogo deixava os visitantes aflitos no intervalo.
Na
volta para o segundo tempo, a festa nas arquibancadas continuava. Assim
como a tensão. Mas o panorama do jogo se alterou. O Flamengo recuou em
uma clara tentativa de segurar o empate e viu o Atlético-PR chegar mais
vezes ao campo de ataque. A intensidade no setor ofensivo paranaense,
porém, não era das maiores.
A ideia do técnico Jayme de Almeida
de tirar o meia Carlos Eduardo e lançar o volante Diego Silva
"convidava" ainda mais o adversário ao ataque. O Rubro-negro carioca se
defendia como podia e conseguia poucas saídas em contra-ataque.
Nos
minutos finais, táticas e orientações técnicas foram deixadas de lado,
prevalecendo o coração e a transpiração. As equipes se lançaram
abertamente ao ataque. E foi o Flamengo, dono da festa desde os
primeiros minutos, quem se deu melhor. Aos 41min, Paulinho chegou à
linha de fundo pelo lado esquerdo e cruzou para Elias, que chutou firme
para o fundo das redes.
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