Foi
como o roteiro de um filme. A seleção dona da casa, contra a melhor
equipe do torneio, em um dos maiores templos do futebol. O final, claro,
foi feliz para os mocinhos contra os nem tão bandidos assim. O Brasil
venceu a Espanha por 3 a 0 neste domingo (30), no Maracanã, no Rio de
Janeiro, e garantiu o tricampeonato da Copa das Confederações, o quarto
título em sua rica história. Fred, duas vezes, e Neymar fizeram os gols
da vitória sobre aquele que é tido como o melhor time do mundo. Sérgio
Ramos ainda perdeu um pênalti e Pique foi expulso.
O segundo
filme da série começa a ser traçado já com essa conquista da Copa das
Confederações. Os próprios jogadores da seleção brasileira admitem que o
título é um sonho realizado, mas o grande objetivo é mesmo a Copa do
Mundo no ano que vem. Tudo até agora serviu como ensaio para os artistas
do espetáculo – mesmo para os organizadores.
Como se tornou
marca na competição, os 73.531 torcedores presentes no Maior do Mundo
deram conta de uma emocionante trilha sonora. O público cantou a plenos
pulmões o Hino Nacional, mesmo quando, por determinação do sisudo
protocolo da Fifa, a música parou. O “gigante pela própria natureza” das
manifestações foi em parte impedido pela polícia de chegar ao estádio,
mas ainda assim deu mostras de um bom sentimento de patriotismo.
Se
antes a seleção era criticada pela ausência de padrão de jogo, fez sua
melhor partida taticamente até aqui. O ex-zagueiro Felipão armou um time
fechado, que explorou os contra-ataques e soube aproveitar as
oportunidades diante de uma equipe que não permite erros. Quanto à
carência dos grandes ídolos do passado, hoje eles deram lugar ao
oportunista Fred e, claro, ao craque Neymar.
Inversão de papéis
Mas o que poderia ganhar ares de drama devido a qualidade do rival ficou mais fácil antes dos dois minutos de bola rolando. Mesmo caído, o artilheiro Fred aproveitou uma sobra na pequena área e empurrou para as redes de um jeito que só os melhores centroavantes sabem fazer – antes do fim do primeiro tempo ele ainda perdeu um gol na cara de Casillas. Com dez minutos de jogo então, os papéis se inverteram e o Brasil passou a tocar infinitamente a bola, com direito até a gritos de “olé” da torcida.
Já o segundo gol veio aos 43 minutos, com um passe de Oscar e um chute mais do que preciso de Neymar. Assim como Fred, o camisa 10 também literalmente pulou nos braços da torcida no moderno Maracana, agora sem grades ou alambrados. Na melhor chance dos espanhóis, David Luiz salvou em cima da linha após chute de Pedro. Faltavam mais 45 minutos para conter os ânimos e só comemorar o título.
Se alguém tinha dúvida que a fatura já estava liquidada, Fred tratou de demonstrar isso de novo com menos de dois minutos. Logo no início da etapa complementar, Hulk toca a bola, Neymar deixou a bola passar para o camisa 9 fazer o seu quinto gol em cinco jogos na competição.
Os espanhóis, atuais bicampeões da Eurocopa (2008 e 2012) e também atuais campeões da Copa do Mundo (2010) não sabiam o que fazer. Nunca tinha visto é situação, ainda mais como uma torcida inteira contra. Aos 8 minutos, Marcelo fez um pênalti infantil em Jesus Navas, que havia acabado de entrar. O zagueiro Sérgio Ramos foi para a bola e tremeu diante de Julio Cesar. Bola para fora e o Brasil continuou com tranquilidade na partida. Companheiro de zaga, Pique ainda perdeu a cabeça e foi expulso.
Com o resultado feito, Felipão deu moral para os reservas Jadson, Jô e Hernanes. Ainda viu a torcida ensaiar um grito que vai pegar nas arquibancadas: "quer jogar, quer jogar, o Brasil vai te ensinar."
Nova Família Scolari
De volta ao time canarinho depois do pentacampeonato, esse há exatos 11 anos, Felipão conquistou seu primeiro título. De um time carente de ídolos, conseguiu unir talentos individuais e apoio incondicional dos torcedores para mais essa conquista em seu currículo. Um jogo mais refinado, algo que pelo menos chegue próximo do que faz a Espanha, por exemplo, sempre vai ser desejado. Mas enquanto somar triunfos, essa vai ser a tônica da seleção brasileira.
A Copa do Mundo de 2014 começa em 12 de junho, no Itaquerão, em São Paulo, e termina em 13 de julho, de novo no Maracanã, no Rio. A julgar pelo resultado deste domingo já dá para saber quem larga na frente em busca do sonhado título.
Inversão de papéis
Mas o que poderia ganhar ares de drama devido a qualidade do rival ficou mais fácil antes dos dois minutos de bola rolando. Mesmo caído, o artilheiro Fred aproveitou uma sobra na pequena área e empurrou para as redes de um jeito que só os melhores centroavantes sabem fazer – antes do fim do primeiro tempo ele ainda perdeu um gol na cara de Casillas. Com dez minutos de jogo então, os papéis se inverteram e o Brasil passou a tocar infinitamente a bola, com direito até a gritos de “olé” da torcida.
Já o segundo gol veio aos 43 minutos, com um passe de Oscar e um chute mais do que preciso de Neymar. Assim como Fred, o camisa 10 também literalmente pulou nos braços da torcida no moderno Maracana, agora sem grades ou alambrados. Na melhor chance dos espanhóis, David Luiz salvou em cima da linha após chute de Pedro. Faltavam mais 45 minutos para conter os ânimos e só comemorar o título.
Se alguém tinha dúvida que a fatura já estava liquidada, Fred tratou de demonstrar isso de novo com menos de dois minutos. Logo no início da etapa complementar, Hulk toca a bola, Neymar deixou a bola passar para o camisa 9 fazer o seu quinto gol em cinco jogos na competição.
Os espanhóis, atuais bicampeões da Eurocopa (2008 e 2012) e também atuais campeões da Copa do Mundo (2010) não sabiam o que fazer. Nunca tinha visto é situação, ainda mais como uma torcida inteira contra. Aos 8 minutos, Marcelo fez um pênalti infantil em Jesus Navas, que havia acabado de entrar. O zagueiro Sérgio Ramos foi para a bola e tremeu diante de Julio Cesar. Bola para fora e o Brasil continuou com tranquilidade na partida. Companheiro de zaga, Pique ainda perdeu a cabeça e foi expulso.
Com o resultado feito, Felipão deu moral para os reservas Jadson, Jô e Hernanes. Ainda viu a torcida ensaiar um grito que vai pegar nas arquibancadas: "quer jogar, quer jogar, o Brasil vai te ensinar."
Nova Família Scolari
De volta ao time canarinho depois do pentacampeonato, esse há exatos 11 anos, Felipão conquistou seu primeiro título. De um time carente de ídolos, conseguiu unir talentos individuais e apoio incondicional dos torcedores para mais essa conquista em seu currículo. Um jogo mais refinado, algo que pelo menos chegue próximo do que faz a Espanha, por exemplo, sempre vai ser desejado. Mas enquanto somar triunfos, essa vai ser a tônica da seleção brasileira.
A Copa do Mundo de 2014 começa em 12 de junho, no Itaquerão, em São Paulo, e termina em 13 de julho, de novo no Maracanã, no Rio. A julgar pelo resultado deste domingo já dá para saber quem larga na frente em busca do sonhado título.
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