O delegado Carlos Couto informou que cumpriu dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão de bens expedidos. (Crédito: Julio Jacobina/DP/D.A Press)
O delegado Carlos Couto - que efetuou a prisão do empresário dono da
Priples, Henrique Maciel Carmo de Lima, 26 anos - informou que cumpriu
dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão de bens expedidos
pela juíza da 9ª Vara Criminal do Recife, Sandra Beltrão.
De acordo com o delegado, o empresário acumulava cerca de R$ 1 milhão
em bens móveis e imóveis, além de R$ 70 milhões em contas bancárias.
"Esses valores não seriam suficientes para pagar a todos os associados
da Priples", afirmou.
A esposa de Henrique, a enfermeira Mirele Pacheco de Freitas, 22
anos, também foi presa na manhã deste sábado (3). Ele segue ainda hoje
para o Cotel, em Abreu e Lima. Ela será levada para a Colônia Penal
Feminina do Recife, no Engenho do Meio.
Victor Farias disse que investiu R$ 500 na Priples no início do ano e
não recebeu qualquer retorno financeiro até hoje. Na época, a ideia de
lucros de 2% do investido por dia foi tentadora e foi o que determinou a
aplicação de tudo o que tinha, mesmo estando desempregado. “Eu só via o
pessoal mostrando as faturas com o dinheiro na conta. Quando chegou
minha vez, nada de dinheiro na conta. Até me disseram pra entrar no site
e conferir se os dados bancários estavam corretos, mas estava tudo
certo. Até a pontuação que eu fiz por responder aos questionários eram
zerados e eu não tinha direito a nada. Era tudo o que eu tinha, estava
desempregado. Isso não existe”, reclama.
Priples
A empresa pernambucana promete remuneração de 2% ao dia durante um ano ao usuário que responder perguntas de conhecimentos gerais. Sendo assim, o lucro da empresa viria do cadastramento de pessoas, o que caracteriza a formação de pirâmide financeira. A polícia recebeu queixas contra a Priples sobre o não pagamento dos rendimentos no dia previsto. Há também denúncias dos usuários por não conseguirem localizar a sede física da empresa.
A empresa pernambucana promete remuneração de 2% ao dia durante um ano ao usuário que responder perguntas de conhecimentos gerais. Sendo assim, o lucro da empresa viria do cadastramento de pessoas, o que caracteriza a formação de pirâmide financeira. A polícia recebeu queixas contra a Priples sobre o não pagamento dos rendimentos no dia previsto. Há também denúncias dos usuários por não conseguirem localizar a sede física da empresa.
Em depoimento prestado à polícia em julho passado, Henrique Maciel
afirmou que a empresa não promete ganhos financeiros e, sim, crédito de
publicidade digital. Henrique afirmou ainda que quem promete pagamento
em dinheiro são os usuários.
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