quinta-feira, 15 de março de 2012

Prefeito do Setão é condenado a cinco anos de prisão por fraudes

O Pleno do Tribunal Regional Federal da 5ª Região condenou nesta quarta-feira (14) Gilson Cavalcante de Oliveira (foto), a 5 anos de reclusão por crime de Estelionato e Inserção de Dados Falsos em Sistema Informatizado da Administração Pública.
O atual prefeito de Bom Sucesso foi condenado, também, ao pagamento de 90 dias-multa, por facilitar a fraude contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

De acordo com o relator da ação penal, desembargador federal Francisco Wildo, os depoimentos dos coautores e de uma testemunha de acusação, farta prova documental, associados às interceptações telefônicas e aos valores encontrados na conta corrente do acusado, de origem não explicada, nem declarada ao Fisco, são suficientes à comprovação da participação de Gilson Oliveira no esquema de fraude descoberto.

Entenda o caso:

Uma Força-Tarefa Previdenciária, deflagrada em 2007 pelo INSS, constatou uma série de irregularidades na concessão de benefícios na Agência da Previdência Social (APS) de Catolé do Rocha (PB).

Segundo os autos, o esquema teria sido montado em 2005 pelo advogado José Osni Nunes, auxiliado pela sua esposa Glauciene Ferreira e algumas aliciadoras que convidavam terceiros para participarem do plano.
Gilson Oliveira era Chefe do Setor de Benefícios da APS de Catolé do Rocha. A sua participação nos crimes consistia em receber intermediários, enviados por Osni Nunes, que entregavam documentação falsa de terceiros.

Dados inverídicos eram inseridos no Sistema de Informatização do INSS, possibilitando o recebimento irregular de benefícios previdenciários, dentre eles o auxílio-reclusão, no valor de um salário mínimo.

Datas forjadas pelos acusados elevavam o montante dos benefícios, em contagens retroativas de tempo.

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou um total de 64 pessoas, em novembro de 2007. O processo de Gilson Oliveira subiu ao Tribunal, em decorrência da sua condição de prefeito. A ação penal foi desmembrada, por decisão do Pleno, que fixou em R$ 115.581 mil o dano mínimo a ser cobrado do condenado, em favor da União.

O dia-multa foi estipulado na proporção de um quinto do salário mínimo vigente à época. A condenação da pena de reclusão foi em regime semiaberto, em que o preso fica recolhido em penitenciária agrícola, industrial ou similar.

O prefeito estará sujeito a perder o cargo, após o trânsito em julgado da ação, caso não ocorra apelação bem sucedida.

Ascom – TRF
FOTO: LiberdadeFM

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