Uma ação de indenização milionária, movida pelo casal
Paulistense Antônio Alves Monteiro e Solange Gomes da Silva, no valor de R$ 373,
200.00 (Trezentos e setenta e três mil e duzentos reais), o equivalente a 550 salários
mínimos, movida contra o Município de Paulista e o Estado da Paraíba, poderá
ser julgada no dia 15 de abril do próximo ano de 2014 na Comarca de Paulista.
O casal entrou com a ação de indenização contra o Município
e o Estado da Paraíba, em face da morte do seu filho Artêmio Gomes Monteiro de 11 anos
que veio a óbito em agosto de 2010 depois de ser atendido por dois falsos médicos que trabalhavam no
Hospital Municipal Emerentina Dantas em Paulista e depois foi encaminhado para outros
hospitais do Estado.
MP investiga morte de estudante e agricultora
em Paulista
Entre as denúncias de crimes cometidos pelos falsos
médicos, destaca-se a morte do estudante Artêmio Gomes Monteiro, 11, que morreu
no mês de agosto de 2010. Na época, o menino foi atendido no hospital de
Paulista, pelo estudante Caio Brucy. A criança se queixava de uma dor no
quadril, que teria sido provocada por uma bolada.
O falso médico aplicou uma dosagem injetável de um medicamento, que seria supostamente Voltarem e poucos minutos depois, o estado de saúde do garoto se agravou. “O que era uma dor no quadril ficou pior, o menino começou a inchar, ficar roxo e mesmo assim, mandaram ele pra casa. Quando ele chegou, passou a dar crises e tivemos que levá-lo de volta para o hospital em estado grave”, contou Solange Gomes, mãe da vítima.
O falso médico aplicou uma dosagem injetável de um medicamento, que seria supostamente Voltarem e poucos minutos depois, o estado de saúde do garoto se agravou. “O que era uma dor no quadril ficou pior, o menino começou a inchar, ficar roxo e mesmo assim, mandaram ele pra casa. Quando ele chegou, passou a dar crises e tivemos que levá-lo de volta para o hospital em estado grave”, contou Solange Gomes, mãe da vítima.
Solange relatou que ao chegar ao hospital de Paulista, o estudante Caio Brucy já tinha se ausentado e outro falso médico havia assumido o plantão. Ao ver o estado de saúde do menino, o falsário se negou a prestar atendimento. “Quando ele viu que o menino estava muito mal, percebeu que tinha sido culpa do colega dele e ai disse que nem ia atender ele, nem tampouco se responsabilizar em encaminhar para outro hospital. Desesperada, a tia dele por conta própria levou para o Regional de Pombal, onde ele não resistiu e morreu”, emocionou-se a mãe.
Solange contou que o corpo do filho foi encaminhado para o Departamento de Medicina Legal de João Pessoa, para que fosse feito o exame cadavérico, mas que houve negligência no atendimento. Segundo a mãe, o corpo do garoto ficou a noite toda no DML e somente no dia seguinte foi liberado, sem a realização do exame que provaria a causa da morte. “Eles devolverão o corpo do meu filho no outro dia e no documento de óbito não diz nada sobre o motivo da morte dele. A única informação que temos é que o corpo estava em estado avançado de decomposição e por isso, não era possível saber do que ele morreu. Se em um dia o corpo do menino já estava em decomposição, isso só reforça que ele morreu vítima do remédio que o médico falso deu”, lamentou Solange.
Recentemente o
Tribunal de Contas da Paraíba (TCE-PB), julgou procedente uma denúncia oferecida pela
Câmara Municipal de Paulista contra o prefeito do Município, Severino Pereira Dantas,
em razão da contratação dos referidos falsos médicos que atuaram no Município
de Paulista nos anos de 2009, 2010 e 2011, ao gestor foi imputado o débito de
99 mil reais e ainda multas de 49 mil, equivalente a 50% do valor do débito.
Todos os seis estudantes de medicina que atuaram
como se fossem médicos em Paulista, também foram condenados a devolverem os
valores recebidos de forma ilegal pelo Município.
ASCOM com Jornal da Paraíba
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