quarta-feira, 18 de abril de 2012

Atenção Vaqueiros: Lei poderá acabar com as vaquejadas no Brasil

O relator do projeto (PL 2086/11) que proíbe laçadas e derrubadas de bois e bezerros em rodeios, deputado Walter Feldman (PSDB-SP), afirmou que vai apresentar parecer favorável ao texto. A atividade é conhecida como vaquejada.

A proposta, que tramita na Comissão de Turismo e Desporto, é de autoria do deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP) e também define penalidades para quem não cumprir a determinação. Vai ser considerado infrator o proprietário do local onde foram executadas as práticas contra os animais. Também será infrator o servidor ou a autoridade que conceder alvará ou licença para a realização do evento. 

A multa poderá atingir o valor de R$ 30 mil.

Walter Feldman afirma que as perseguições seguidas de laçadas e derrubadas de animais em rodeios ou eventos parecidos faz com que os animais sejam submetidos a agressões e violência desnecessárias. ´É um formato de atividade que é muito utilizado no interior e que tem produzido lesões bastante graves no tronco, no pescoço, muitas vezes levando até à morte do animal. Não há nenhuma justificativa de lazer, de entretenimento, de esporte que faça com que haja uma lesão animal, uma vitimização do animal, como tem acontecido. Portanto, nós vamos aprovar essa matéria, e espero que, posteriormente, seja definitivamente aprovada em Plenário.´

A diretora do Instituto de Saúde e de Psicologia Animal, médica veterinária Ceres Faraco, afirma que os animais submetidos a situações de stress, como a causada pelas laçadas, têm o funcionamento do sistema nervoso central modificado, com reflexos no comportamento, mesmo que não apresentem lesões externas visíveis. 

´São animais que têm um medo acentuado, têm movimentos repetitivos, são animais que sofrem de uma ansiedade imensa, e isso faz com que eles tenham uma longevidade menor e, especialmente, são animais que têm uma alteração do ponto de vista comportamental. São animais que estão, de alguma maneira, determinados a viver um estado de sofrimento psicossomático.´

Favoráveis à vaquejada

Duas propostas que tramitam em conjunto seguem no sentido oposto da proibição. Uma delas regulamenta a vaquejada como atividade esportiva (PL 3024/11) e a outra regulamenta a vaquejada como atividade desportiva formal (PL 2452/11). A vaquejada é definida como evento esportivo de competição, em montarias, em duplas com o objetivo de dominar bovinos.

O autor do PL 3024/11, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), destaca que vaquejada é praticada no Brasil há mais de um século, sendo que, nos dias atuais, acontecem centenas de eventos em todo território nacional, tanto recreativamente como profissionalmente. Ele afirma que a vaquejada é ´uma manifestação cultural legitimamente brasileira´ e que tem atraído público fiel e apaixonado.

O relator Walter Feldman reconhece que a proposta poderá encontrar resistência dos que defendem esse eventos motivados pelo lado cultural. Mas, para ele, o apelo mais forte é o de lutar pela vidas desses animais. ´Esse é um embate da sociedade moderna, que deve encontrar outros mecanismos de lazer e entretenimento que não levem à vitimização, seja do ser humano, seja de animais. Essa é a nossa tarefa de mudança dessa cultura. Há muitos instrumentos hoje de entretenimento mais saudável e é esse debate que vamos realizar.´ 

Blog do Alex Santana

Um comentário:

Anônimo disse...

A vaquejada além de ser um esporte tipicamente Nordestino, cultural, é um meio de vida para muitas famílias, onde Pais de família preparam seus animais (cavalos) diariamente para as competições, em seguida deixam suas famílias, e passam dias viajando de vaquejada em vaquejada, a fins de trazer o sustento de casa, muitas vezes ficam meses longe de filhos e esposas. É um trabalho digno, correto, onde em uma vaquejada de circuito por exemplo, movimenta em média quase que 1 milhão de reais direto e indiretamente, porque além dos vaqueiros que vivem disto e estão ali trabalhando honestamente, muitos empregos indiretos são oferecidos, como limpeza, som, locução, juiz, filmagem, currais, estacionamento, dentre outros… Ou seja, gera empregos mesmo que passageiro para a cidade que esteja acontecendo o evento. Para se realizar uma vaquejada hoje, tem todo uma preparação, currais para os bois com alimento e água, o cuidado para que a pista de vaquejada tenha bastante areia, para que amorteça a queda do bovino, a preocupação com a pista bem preparada, não é só para os bovinos, quanto para os cavalos e até mesmo os própios vaqueiros, da mesma forma que um animal possa se machucar acidentalmente, o mesmo risco é para o vaqueiro.
Então aparece um Deputado que não entende nada do esporte, da cultura ou do que essa prática tem a oferecer para cidades e cidadãos, com um projeto para acabar com a vaquejada!!!!
Seria uma pessoa sem cultura, ou que não tenha o que fazer!! Com tantas misérias por aí com tantos bandidos nas ruas e por onde ele anda!! Querer tirar o ganha pão de gente HONESTA, DIGNA, TRABALHADORES, PAIS DE FAMÍLIA, MÃES DE FAMÍLIA.
ISSO NÃO EXISTE!!
Somos uma enorme família, unidos por uma paixão!!
Ah!! E Deus não criou os bovinos para os humanos assassina-los e alimentar-se de sua CARNE. Ou seja senhor DEPUTADO, se come carne, reveja seu projeto.