Indígena expulso do Supremo
Enquanto
ministro Fux elogiava a política de cotas para negros, Sepeti, que
estava sentado no auditório, passou a gritar, pedindo que os indígenas
também fossem citados nas falas dos ministros.
Ele foi advertido
pelo presidente do tribunal, ministro Ayres Britto, mas continuou a
falar alto e interromper a fala de Fux. Britto, então, mandou aos
seguranças que retirassem Sepeti, que estava acompanhado de sua mulher e
duas filhas, uma delas ainda bebê.
Indígena expulso do Supremo
Sepetii
resistiu e foi arrastado para fora do tribunal, gritando que seu braço
estava sendo machucado. Sua filha e sua mulher também gritavam e
chamavam os seguranças de "racistas" e "cavalos". "É assim que tratam o
índio no Brasil", afirmou Sepeti.
"A democracia tem seus momentos que ultrapassam a dose", afirmou o ministro Fux após a expulsão de Sepeti.
"Vocês
violam os direitos de todos e não respeitam a Constituição. O Brasil é
composto de três raças: raça indígena, raça branca e raça negra. E esses
safados [seguranças] não respeitam", afirmou Sepeti.
O
julgamento do Supremo, que começou ontem, é sobre o processo ajuizado
pelo DEM (Partido dos Democratas) contra as cotas implantadas na UnB
(Universidade de Brasília), que reserva 20% das vagas para negros e
pardos. Outro processo relacionado a esse, que questiona o ProUni e suas
cotas para indígenas, deve ser julgado em breve.
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