quinta-feira, 12 de maio de 2011

Falsos médicos que atuaram em Hospital de Paulista serão ouvidos pelo delegado Roberto Barros

Estudantes de Medicina que se passavam por médicos em Hospital do município de Paulista, serão ouvidos hoje na Delegacia de Polícia da cidade. As principais denúncias de crimes cometidos pelos estudantes são as mortes de um menino Artemio Gomes Monteiro de 11 anos e da agricultora Maria da Guia Ferreira, de 25 anos, que teriam morrido ano passado com complicações após terem sido atendidos pelo estudante Caio Brucy Sory Medeiros de Macedo.

Eles poderão ser indiciados, também, por prática irregular da profissão, falsidade ideológica, crimes de estelionato, abuso sexual e tráfico de entorpecentes. Ontem, familiares das vítimas prestaram depoimentos na Delegacia de Paulista. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Roberto Barros, não há previsão para a conclusão dos três inquéritos abertos.

Segundo o delegado Roberto Farias, devem ser ouvidos hoje quatro dos seis estudantes que atuavam irregularmente no Hospital e Maternidade Municipal Emerentina Dantas, localizado na cidade de Paulista. O delegado não revelou os nomes dos quatro estudantes que darão seus depoimentos hoje. Os acusados Caio Brucy Sory Medeiros de Macedo, José Cassimiro da Silva, Alisson Gomes Lustosa, Raony de Araújo Lima, Leonardo Rodrigues Coura e Humberto de Almeida Filho começaram a trabalhar no hospital ainda em 2009 e permaneceram até o último mês de março, quando o Conselho Regional de Medicina (CRM) recebeu denúncia anônima e começou fiscalização na cidade.

Ainda de acordo com o delegado, além de serem acusados pela morte das duas vítimas, eles podem responder outros crimes como falsidade ideológica e prática irregular da profissão por se passarem por médicos, estelionato por tirarem proveito de salário de médico, tráfico de entorpecentes por prescreverem remédios sem serem médicos e abuso sexual, caso chegaram a realizar exames que necessitou tocar no corpo de pacientes.


Ação de improbidade

De acordo com o promotor Túlio César Fernandes, estão abertos três inquéritos contra os estudantes, um por exercício ilegal da medicina e dois para apurar as duas mortes por atendimentos falsos. “Estamos concluindo o procedimento administrativo que consiste na constatação na irregularidade das contratações para depois podermos entrar com um pedido de ação de improbidade administrativa”, afirmou o promotor.

O promotor afirmou que o prefeito de Paulista, Severino Pereira Dantas e sua filha, secretária de saúde do Município, Isis Dantas, serão penalizados caso seja confirmada a improbidade administrativa. Segundo o promotor, os estudantes não tinham nenhum tipo de contrato com a Prefeitura e apenas recebiam uma nota de empenho por cada plantão. Procurada pela reportagem do Jornal Correio, a secretária de saúde do Município, Isis Dantas, afirmou que o hospital está funcionando normalmente com sete médicos plantonistas e que não tinha mais nada a declarar sobre o caso.


Fonte: Wellington do Valle com informações de Thibério Rodrigues

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