sábado, 23 de julho de 2011

CPI da Saúde: Depoimentos de secretárias municipais confirmam que a administração não exigia documentos antes de contratar supostos médicos

Segundo relatório preliminar da CPI da saúde do Município de Paulista, a administração não exigia documentos para saber se os supostos médicos contratados para trabalhar no Hospital Municipal, eram médicos habilitados pelo CRM-PB.
 
Segundo depoimentos da atual secretária de saúde, Ísis dos Santos Dantas e  da secretária de finanças, Íris dos Santos Dantas, ambas filha do Prefeito, não foram exigido no ato da contratação, documentos que pudessem comprovar se os contratados eram médicos habilitados ou não para exercer a profissão. 

A secretária de finanças, responsável pela contratação,  afirmou em depoimento à CPI, que levou em conta apenas as informações de que os “médicos” haviam trabalhado em Municípios vizinhos, ainda informou que o contato com os supostos médicos eram feito via telefone.

Ainda segundo os depoimentos das secretárias, elas não tomaram o cuidado de verificar junto ao CRM-PB (Conselho Regional de Medicina), se os CRMs apresentados pelos "médicos"  eram verdadeiros ou fictícios.

Segundo o depoimento do ex secretário de saúde do Município, Abraão Xavier de Sousa, durante o período em que o mesmo atuou como secretário, as contratações eram feitas pela secretária de finanças da Prefeitura. Abraão afirmou que quando a secretaria de saúde precisava de médicos, o mesmo avisava a secretária de finanças e a mesma era quem providenciava a contratação dos profissionais.

Já no depoimento dos seis estudantes de medicina, todos eles afirmaram que a secretária sabia que os mesmos não eram médicos e que foram contratados para estagiar no Hospital, com o compromisso de que havia médico para acompanhá-los, mas quando chegaram para trabalhar no Hospital, não havia médicos. Por outro lado, a administração rebate a acusação e afirma que os mesmos se apresentaram no Município, como médicos.

Segundo o vereador Possidonio Fernandes, presidente da CPI, houve no mínimo, negligência e omissão por parte da administração que ao contratar profissionais da saúde para atender a população, não tiveram se quer o cuidado de conferir junto ao CRM, se eram médicos habilitados para exercer a função, isso, segundo o parlamentar, colocou em risco a saúde e a vida de milhares de cidadãos do Município de Paulista e também de outras pessoas de municípios vizinhos.

Ainda segundo o vereador presidente da CPI, o relatório final com a conclusão da investigação, deverá ser concluído nos próximos dias e submetido ao Plenário da Câmara Municipal, se aprovado, será encaminhado ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado, para que tomem as providências cabíveis quanto ao caso. A CPI deve pedir em seu relatório, a exoneração das duas secretárias filhas do Prefeito. 

Da redação com assessoria

2 comentários:

Anônimo disse...

O q eu quero saber é quem vai pagar por mais este crime, não term nenhum falso médico preso, e muito menos sabemos a q pé anda esse processo, é uma pena!!!Esse é o Brasil!!!

Anônimo disse...

Olá possidõnio, gostaria de pedir-lhe q faça uma reportagem mais a fundo sobre os falsos médicos, pois já tem muitos sites q divulgaram novidades, pois nessa matéria só fala com relação a politica e não ao inquérito q já foi concluido e encaminhado para paulista e nada vc divulgou sobre isso, pois o nosso interesse como cidadãos é uma punição já q eles (falsos médicos)nem foram indiciados por homicidio, queremos detalhes, nomes e punição, agradeço a sua atenção!!!