quarta-feira, 22 de junho de 2011

Falsos médicos: Prefeito de Paulista e várias outras testemunhas prestam depoimento na polícia

O delegado Roberto Barros que investiga o caso da contratação dos falsos médicos que atuaram no Hospital de Paulista, ouviu nesta quarta feira 22, na Delegacia de Paulista, várias testemunhas sobre o caso, entre elas o Prefeito de Paulista, Severino Pereira Dantas.

O delegado abriu três inquéritos policiais para investigar o caso, já foram ouvidos, além dos seis estudantes de medicina, vários funcionários do Hospital Municipal de Paulista, inclusive médicos,  e enfermeiros.

Também já foram ouvidas pela polícia, a secretária de saúde do Município, Ísis dos Santos Dantas que é filha do Prefeito e a secretária de finanças da Prefeitura, Íris Dantas que também é filha do Gestor Municipal.

O Dr. Roberto Barros não quis revelar o teor de nenhum dos depoimentos colhidos até o momento, mas adiantou que os três inquéritos estão em fase de conclusão.

Entenda o Caso

Os seis estudantes de medicina aturam em Paulista por cerca de um ano e seis meses, deral mais de noventa plantões no Hospital Emerentina Dantas, como se fossem médicos, principalmente nos finais de semanas e recebiam da Prefeitura Municipal por um plantão de 24 horas, 1.050,00 (um mil e cinquenta reais), o mesmo valor de um médico verdadeiro.

Em entrevista concedida à imprensa em Março deste ano, a secretária de saúde do Município, Ísis dos Santos Dantas, disse que contratou os estudantes de medicina por telefone e não sabia que os mesmos não eram médicos.

O Prefeito do Município, Severino Peeira Dantas (PTB), também prestou entrevista na imprensa, dizendo que não sabia da farsa e que tinha contratado apenas dois estudantes para atuar no Hospital Municipal e que  deram cerca de três plantões eventuais. 

A Câmara de vereadores de Paulista chegou a convocar o Prefeito e a secretária de saúde do Município que é filha do Prefeito, para prestar esclarecimentos sobre o caso,  no entanto, o chefe do executivo e sua filha, não compareceram à convocação. O prefeito alegou que tinha outro compromisso pré agendado, a filha, secretária de saúde, viajou para Buenos Aires, Capital da Argentina  para resolver problemas particulares.

Diante desse fato e das inúmeras contradições encontradas pelos vereadores nas declarações dos gestores, a Câmara de vereadores abriu uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar se houve participação dos gestores municipais,  na contratação dos falsos médicos.

Os seis estudantes de  medicina foram ouvidos pela polícia civil e depois liberados, os mesmos estão sendo indiciados por vários crimes, entre eles, formação de quadrilha, estelionato, falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão.

Pelo menos duas mortes, uma de uma criança de 11 anos e outra de uma jovem de 26, que vieram a óbito depois de serem atendidas e medicadas pelos falsos médicos, estão sendo investigadas pela polícia e Ministério Público local. 

Da redação com assessoria.

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