Em uma reportagem especial publicada no Jornal Correio da Paraíba do dia 24 de Abril de 2011 sobre os falsos médicos que agiram em Paulista e outras cidades da Paraíba, o repórter Daniel Motta entrevistou autoridades, secretária de saúde de paulista e familiares de supostas vítimas dos estudantes de medicina que se passava por médicos.
A reportagem do Jornal Correio ouviu os pais da agricultora Maria da Guia Ferreira da Silva, eles residem no Sítio Fechadinho, à aproximadamente 10 km da Cidade de Paulista-PB.
Bastante revoltados com a morte da filha, tanto a mãe como o pai de Maria da Guia, segundo a reportagem do Jornal Correio, acusam o falso médico pela morte da filha e culpam o prefeito e a secretária de saúde do Município.
Veja o que disse os pais de Maria da Guia ao repórter Daniel Motta do jornal Correio:
“Não tenho dúvidas que foi por causa do remédio que ele deu pra ela. Ela só tava com uma dor e de repente o remédio que seria para aliviar a dor causou a hemorragia. Ela era uma menina muito forte e trabalhadora e morreu à míngua muito nova. Tanto que a culpa é dele que nem o prontuário o médico falso quis assinar. No documento a única coisa que tem é o nome dela e mais nada. Quero justiça porque aquele assassino matou a minha filha”, lamenta a mãe.
Já o pai, Ivone Ferreira da Silva disse que vai fazer de tudo para provar que o Prefeito e a secretária de saúde de Paulista eram cúmplice dos falsos médicos, veja a fala do pai:
“Minha filha morreu e nós estamos sem mundo, porque ela era tudo em nossas vidas. Hoje nós dois velhos não temos ninguém para cuidar da gente. Vou fazer o que o que for possível para provar que o prefeito a secretária e esses médicos falsos são uma quadrilha e que se não tivessem sido descobertos, iam matar ainda mais gente com a irresponsabilidade deles”, declarou o pai de Maria da Guia, Ivone Ferreira da Silva.
Para o promotor que investiga os casos, Túlio Fernandes, se for comprovado no inquérito que o prefeito e a secretária de saúde sabiam da falsidade dos estudantes, os dois poderão perder seus cargos, por serem considerados cúmplices da ação criminosa. Ele adiantou que até o momento ainda não tem nenhuma prova concreta contra o prefeito Severino e sua filha Ísis, mas considera estranho dois gestores não terem cuidado em contratar médicos profissionais. “está sendo investigado, principalmente o prefeito porque ele deveria ter observado parâmetros como realização de concurso público, publicação de edital, mesmo que fosse para contratação temporária, coisas que foram ignoradas pelo prefeito isso é considerado muito grave”, afirmou o promotor à reportagem do Correio da Paraíba.
Já a secretária de saúde, Ísis Dantas, (Foto) que é filha do prefeito, disse em depoimento à polícia, segundo a reportagem do Correio, que os falsos médicos teriam sido contratados por telefone, como havia grande necessidade de profissionais, os que logo apareceram com referências de outros Municípios foram acatados e contratados para prestarem serviço nos finais de semana. Disse que não sabia que eram apenas estudantes e que não dispôs de tempo para fazer um levantamento junto ao CRM.
A nossa reportagem foi informada pela assessoria da Câmara Municipal de Paulista que logo após a constatação dos falsos médicos e a interdição do Hospital Municipal no dia 28 de Fevereiro pelo CRM, a secretária Ísis Dantas viajou para Bueno Aires, capital da Argentina para resolver problemas particulares e só retornou ao Município aproximadamente 15 dias depois.
Sete dos nove vereadores do Município abriram uma CPI para investigar a participação dos gestores na contratação dos falsos médicos, a Comissão é presidida da vereadora maria Laurenice.(foto)
Segundo os sete vereadores que propuseram a criação da CPI,(Foto) faltou tempo para a secretária verificar na internet se os profissionais que iam atender a população eram médicos ou não, mas não faltou tempo para a mesma sair do País para passear no exterior, o que é muito grave e um considerado um desrespeito com a população do Município que foi vítima dos falsos médicos durante um ano e oito meses.
Ainda segundo os vereadores, existe muitas contradições nos dicursos e depoimentos da secretária de saúde e do próprio prefeito, por isso se justifica uma investigação mais aprofundada sobre o caso, afirmou os parlamentares da oposição.
Ainda segundo os vereadores, existe muitas contradições nos dicursos e depoimentos da secretária de saúde e do próprio prefeito, por isso se justifica uma investigação mais aprofundada sobre o caso, afirmou os parlamentares da oposição.
Da redação com Jornal Correio da Paraíba, edição do dia 24/04/11
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