Avenidas de Paulista são interditadas e moradores reclamam de Ingerência Política do prefeito

Apesar de já possuir uma infraestrutura totalmente fora dos padrões normais de uma cidade organizada, os moradores de Paulista, interior da Paraíba, continuam, a cada dia, assistindo à construção de obras irregulares que envergonham tanto quem habita no lugar como seus visitantes.

Além de não possuir um planejamento urbano adequado, com ruas irregulares, sem nivelamento e com inúmeras pedras nas avenidas, a ineficiência da atual administração tem contribuído com um percentual bastante significativo para a continuidade da falta de uma infraestrutura, pelo menos regular.

É o que se percebe a todo instante ao passarmos pelas ruas e observarmos as construções sendo erguidas sem qualquer respeito às Leis Municipais. Há poucos dias, uma das principais avenidas do Conjunto Populares Antônio Mariz, na cidade, foi totalmente interditada e ninguém tomou providência em relação ao caso.

Depois de tomar conhecimento de que no meio da avenida foi construído um muro, interditando-a 100 %, o prefeito reconheceu o erro, mas argumentou que não poderia fazer nada, justificando que a irregularidade já vinha de administrações passadas. No entanto, o que se sabe é que, além do motivo apresentado pelo gestor não convencer ninguém, já que um dos papéis do administrador pode ser a correção da falha do antecessor e tentar corrigi-la.

E o pior é que nem esses argumentos apresentados pelo gestor procedem, pois segundo os moradores prejudicados com a interdição, o motivo principal para a autorização da mesma foi o fato de o proprietário da obra ser eleitor do prefeito, ou seja, a ingerência política evidente.

Testemunhas informaram, ainda, que uma construção foi feita, recentemente, bloqueando a avenida onde fica situada a maior escola do município, a José Jerônimo Neto, localizada no Conjunto Padre Solon Dantas de França.

Mas o melhor desta história toda é que há bem pouco tempo, o prefeito enviou um projeto à Câmara Municipal criando o Código de Obras do Município e, segundo a proposta, as exigências são grandes no sentido de não se fazer obras irregulares na cidade. A proposta foi aprovada por unanimidade pelos vereadores, só falta colocá-la em prática, pois não adianta querer nadar num Oceano de teoria, mas morrer afogado no Riacho da prática.

Reportagem Leomarque Pereira