O relatório final da CPI da Saúde, instaurada no âmbito da Câmara Municipal de Paulista, para apurar a responsabilidade do Prefeito e de Secretários Municipais na contratação de seis falsos médicos que atuarem no Hospital Municipal, foi apresentado para discussão e votação na sessão desta sexta, dia 09/09, na Câmara Municipal.
O relatório da CPI da Saúde foi aprovado em primeira votação, por unanimidade de votos dos sete vereadores de oposição presentes na sessão, os dois vereadores da bancada do prefeito não compareceram à sessão.
Em um relatório de 16 páginas e depois de cinco meses de investigação, a CPI concluiu que houve negligência e omissão por parte dos gestores municipais, tanto das secretárias de saúde e finanças, que contratavam e pagavam aos falsos médicos, como também do próprio prefeito que autorizava todos os pagamentos.
A Prefeitura pagou aos falsos médicos, segundo o relatório da CPI, cerca de R$ 48.600 (quarenta e oito mil e seiscentos reais) por 57 (cinqüenta e sete) plantões prestados pelos estudantes de medicina, como se fossem médicos.
Os gestores afirmaram em depoimentos na CPI que não faziam contratos formais, contratavam os falsos médicos por telefone e quando os mesmos chegavam para trabalhar no Hospital, a administração não exigia a documentação necessária para saber se os mesmos eram ou não médicos habilitados para exercerem a função.
O Prefeito chegou a confessar em uma entrevista de rádio, logo após o episódio, que “bastaria ter feito uma ligação para o CRM (conselho Regional de Medicina) que teria constatado que os mesmos não eram médicos”, mas confessa que a administração não teve esse cuidado básico, porque é de costume confiar nas pessoas, confessou o Prefeito Severino Pereira Dantas, ao responder uma pergunta de um ouvinte da rádio paulista FM.
O relatório final da CPI dos falsos médicos será discutido e votado em definitivo, na sessão da Câmara Municipal de Paulista da próxima segunda, dia 12/09, se aprovado, será encaminhado ao Ministério Público do Estado da Paraíba, na pessoa do procurador Geral de Justiça e ao Tribunal de Contas do Estado para as medidas cabíveis.
Da redação com Câmara Municipal.
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