terça-feira, 29 de março de 2011

Enquadrados: estudantes praticavam medicina desde 2009 com CRM falso e ainda faziam exame de toque íntimo em mulheres


Na manhã desta terça-feira (29), o delegado regional de Catolé do Rocha, André Rabello, e o delegado do município de Paulista, Roberto Fonseca, ouviram quatro  dos seis estudantes de medicina suspeitos de exercer irregularmente a profissão nas cidades de Paulista e São Bento.

Os estudantes Kayobruce Sory Medeiros de Macedo, Lonardo Rodrigues Coura, Alysson Gomes Lustosa e José Cassimiro de Silva Neto foram ouvidos, indiciados e estão respondendo ao processo em liberdade. A polícia não conseguiu contato com o acusado Raony de Araújo Lima e Humberto Almeida Lima Filho não depôs, por não estar na Capital.

O Grupo de Operações Especiais da Secretaria de Segurança Público informou que alguns deles usavam registros de médicos do Rio Grande do Norte e da Paraíba, outros nem ao menos tinham um registro falso. 
 
Além de serem acusados de exercício ilegal da Medicina, são também enquadrados nos crimes de tráfico de entorpecentes, (por receitar remédios, inclusive de uso controlado), formação de quadrilha e falsidade ideológica.
 
Ainda segundo a polícia, dezenas de pessoas de Paulista foram vítimas dos falsos médicos, inclusive uma criança de 11 anos que chegou a falecer depois de passar pelo atendimento de um deles.

 Os nomes dos seis ‘doutores’ são:

José Cassimiro da Silva
Alisson Gomes Lustosa
Caio Bruce Medeiros de Macedo
Raony de Araújo Lima
Lonardo Rodrigues Coura e
Humberto de Almeida Filho.


Segundo informaçãoe da Assessoria Jurídica da Câmara  Municipal de Paulista,  recibos de pagamentos da Prefeitura Municipal de Paulista, comprovam que todos os seis  falsários atuaram no Hospital do Município e chegaram a dar 39 plantões durante os anos de 2009, 2010 e 2011.

Exames de toque

Dentre as atividades, os estudantes estavam manuseando medicação controlada e intravenosa, além de realizarem o toque íntimo vaginal

De acordo com delegado de Paulista Roberto Barros, a denúncia sobre a atuação dos acusados chegou ao conhecimento do Conselho Regional de Medicina da Paraíba depois que um dos acusados usou o carimbo do CRM do Rio Grande do Norte. 

As investigações foram iniciadas no mês de Fevereiro e por causa disso o hospital chegou a ser fechado, mas após três dias foi reaberto.

Da redação do Paulista em Destak com Adriana Bezerra 

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