Vice-presidente veio à Paraíba, nesta quinta-feira (24), para deflagrar campanha do candidato do PMDB ao governo, senador Vital Filho; PT local fechou aliança com PSB, mas Nacional pediu ao TRE-PB a anulação da convenção
O vice-presidente da República e presidente de honra da Executiva
Nacional do PMDB, Michel Temer, disse que vai trabalhar pelo retorno da
verticalização das alianças partidárias. Por essa regra, os políticos
ficam obrigados a reproduzir nas eleições estaduais as mesmas alianças
partidárias fechadas nas eleições presidenciais.
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Essa regra surgiu em 1998, mas em junho de 2006, o Tribunal Superior Eleitoral recuou em sua decisão e a verticalização voltou a ser igual a de 2002: partidos sem candidatos à presidência poderão formar coligações regionais.
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Essa regra surgiu em 1998, mas em junho de 2006, o Tribunal Superior Eleitoral recuou em sua decisão e a verticalização voltou a ser igual a de 2002: partidos sem candidatos à presidência poderão formar coligações regionais.
A declaração do vice-presidente da República foi uma referência à aliança firmada na Paraíba, entre o PT e o PSB, cuja formalização foi questionada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e ainda não foi julgada. A Executiva Nacional do PT, questionou a convenção estadual e pediu que o TRE anule a aliança, prevalecendo uma coligação imposta com o PMDB, que tem candidato a governador o senador Vital do Rêgo Filho, presidente da CPI da Petrobrás.
Segundo Temer, as alianças "desarrazoadas e as não-alianças" que estão sendo anunciadas nestas eleições revelam "a necessidade de se restabelecer a verticalização no país para dar solidez e resistência aos partidos políticos".
Ele que veio à Paraíba, nesta quinta-feira (24) para deflagrar a campanha do candidato do PMDB ao governo. “A minha contribuição é modestíssima, mas eu trago o apoio do PMDB nacional e, sobretudo, do governo federal, que quer dizer que nós estamos com Vital, Paulino e Maranhão, com os nossos candidatos a deputado federal e estadual. Nós queremos eleger uma grande bancada e eu tenho certeza que o Vital vai ser eleito”, destacou.
Temer acredita que o PMDB vai ainda ter o PT como aliado nas eleições da Paraíba e lamentou os acontecimentos ocorridos no estado entre os partidos, que no plano nacional o processo da aliança repetiu-se em céu de brigadeiro. “Eu tenho certeza que aos poucos os companheiros do PT na Paraíba vão compreender que tendo feito uma aliança no plano nacional é mais do que razoável que se repita a aliança no plano estadual. Em um dado momento eles compreenderão isso”, observou.
Apesar da confusão causada pela aliança PT/PSB em apoio à reeleição do governador Ricardo Coutinho, Temer considera natural, pois em todos os estados que tem visitado há litígios dessa natureza e que ao longo da campanha vão se ajustando. “E, eu tenho certeza que aqui, na Paraíba, vai acontecer isso”.
Ele rechaçou a ‘forçação de barra’ que o PMDB paraibano está fazendo para reproduzir a aliança nacional e disse que não se trata de um ‘amor forçado’, mas sim de uma conveniência política, pois as pessoas vão perceber que esta aliança é muito sólida, muito firme no plano nacional e que deve ser reproduzida com a mesma intensidade. Temer torce e espera para que isso aconteça na Paraíba ao longo da campanha eleitoral.
Dilma na Paraíba
Michel Temer garantiu ainda que a presidente Dilma Rousseff "não recebeu bem" a aliança do PT com o PSB, na Paraíba, pois o natural seria com o PMDB. O vice-presidente garantiu que a presidente estará no palanque de Vital Filho, que é o palanque do PMDB somado ao PT. Segundo ele, a presidente deverá vir dar uma força à campanha do PMDB. “O PMDB daqui dá um apoio extraordinário no plano nacional e tem colaborado enormemente para trazer benefícios para a Paraíba”, destacou.
Apesar de ser
companheiro da chapa da presidenta Dilma, Michel Temer foi recepcionado
apenas por peemedebistas. O presidente estadual do PT, Charlinton
Machado, já havia informado do boicote a visita de Temer, alegando que
era apenas uma atividade política do PMDB local
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