Reunidos em nova rodada de assembleias nesta sexta-feira (25/9) nos
campi de João Pessoa, Areia e Bananeiras, os professores da UFPB
decidiram manter a greve que já dura 121 dias na instituição. Além
disso, eles aprovaram a apresentação ao Comando Nacional, em Brasília,
de uma proposta de indicativo de saída unificada da paralisação em todo o
País. A próxima rodada de assembleias será no dia 6 de outubro.
Nos campi de João Pessoa e Bananeiras, houve duas votações. A
primeira: continuidade ou saída imediata do movimento. A segunda:
apresentação ou não ao CNG do indicativo de saída unificada.
Em João Pessoa, 132 professores votaram a favor da continuidade do
movimento, 94 optaram pela saída imediata e quatro se abstiveram. Já na
segunda votação, 149 foram a favor da apresentação ao Comando Nacional
de um indicativo de saída, 61 foram contrários e 10 se abstiveram.
Já em Bananeiras, na votação que decidiu sobre a continuidade da
greve, 22 docentes se apresentaram favoráveis, nenhum foi contrário e
dois se abstiveram. Na segunda votação, 10 professores votaram a favor
do indicativo de saída unificada e 15 contra. Não houve abstenções.
Em Areia, os docentes votaram apenas uma proposta: continuidade da
greve sem indicativo de saída, com proposta ao Andes de vigília em
Brasília até a conclusão das negociações no dia 6 de outubro. Foram
registrados 12 votos a favor, três contrários e nenhuma abstenção.
A campanha salarial dos professores das universidades é unificada com
as demais categorias de servidores públicos federais. Eles inicialmente
pediam um aumento de 27,3%, além de melhoria nas condições de trabalho,
data-base em 1º de maio e paridade salarial entre ativos e aposentados.
Em contraproposta, o governo ofereceu primeiramente um reajuste de
21,3% divididos em quatro anos (5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018 e
4,5% em 2019). Depois de rodadas de negociações em que os servidores
insistiram que não aceitariam um aumento parcelado, o Ministério do
Planejamento reduziu o prazo para dois anos, mas o percentual de
reajuste passou para 10,8%. Na prática, a média de aumento anual
permaneceria a mesma.
Na última quinta-feira, o Ministério do Planejamento encaminhou essa
proposta ao Sindicato Nacional dos Professores (Andes-SN), com o adendo
de que o aumento só passaria a valer em agosto de 2016, conforme já
havia anunciado o Governo Federal no dia 14 de setembro, quando divulgou
o novo pacote de ajuste fiscal para combate à crise
Fonte: ADUFPB
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