Moradores de Paulista sofrem com a falta d’água e reclamam dos maus serviços prestados pela CAGEPA no município

Um problema que já perdura por muitos anos e se agrava a cada dia que passa, deixando a população do município de Paulista, sertão do estado, cada vez mais indignada é a constante falta d’água na cidade.

Os moradores do município estão sendo obrigados a retrocederem no tempo. Para não morrerem de sede, se submetem às antigas práticas para o transporte do líquido precioso, tão necessário à sobrevivência humana, desde as velhas latas carregadas na cabeça até os meios menos inveterados, a exemplo das carroças de tração animal e os carros-pipa, estes mais raros no lugar.

A CAGEPA – Companhia de Água e Esgotos da Paraíba, órgão responsável pela prestação do serviço, só tem causado muita decepção à população, apesar de arrecadar 95% com o valor das contas pagas pelo serviço inexistente que, segundo os próprios funcionários da empresa, não tem atendido a demanda dos moradores.

Dentre as inúmeras irregularidades apontadas pela população em relação aos maus serviços oferecidos pela empresa, a mais preocupante é o número de ligações clandestinas existentes no município, pois tanto os funcionários da CAGEPA como os moradores prejudicados afirmam que, mais da metade da água servida pela empresa é desviada através de motores, que levam o produto, clandestinamente, às residências das pessoas que não possuem sequer o hidrômetro em suas casas, mas são beneficiadas com a prática criminosa do desvio.

Um outro problema que contribui para a ineficiência dos serviços é a má administração por parte dos gestores públicos, uma vez que a falta de planejamento urbano com ruas irregulares, sem nivelamento, o excesso de pedras nas avenidas, somada à ausência de um melhor planejamento dos moradores na hora de projetarem suas construções, dificultam ainda mais um serviço que já é precário.

Mesmo assim, a população sofrida, espera, ansiosamente, que um dia, o pedido feito há quase duas décadas, seja atendido pelos responsáveis pela tão esperada resolução.

Leomarque Pereira.